Resumo
O Songo conquistou o seu quarto título no Moçambola em apenas oito anos, refletindo a mudança no futebol moçambicano. Nos últimos dez anos, clubes menos tradicionais têm dominado a competição, como o Ferroviário da Beira e a Black Bulls. O Costa do Sol é o único clube histórico a vencer em 2019, enquanto a Liga Desportiva marcou o início dessa mudança ao vencer quatro títulos seguidos entre 2010 e 2014. Clubes tradicionais, como o Costa do Sol e o Ferroviário de Maputo, enfrentam dificuldades, com novos emblemas a redefinir a competição. O investimento e a tradição que antes garantiam títulos já não são suficientes, com clubes de outras regiões a ganhar destaque no Moçambola.
Neste “novo normal”, o Costa do Sol destaca-se como o único dos clubes históricos a ter conseguido erguer o troféu em 2019. Na verdade, essa mudança começou a ganhar forma há mais de uma década, com a ascensão da Liga Desportiva, que venceu quatro títulos consecutivos entre 2010 e 2014. Apenas o Ferroviário de Maputo conseguiu, em 2015, preservar a hegemonia tradicional dos chamados “históricos”. Desde então, porém, o panorama alterou-se de forma profunda.
Clubes que durante décadas construíram prestígio e glória, como são os casos do Costa do Sol, Ferroviário de Maputo, Maxaquene e Desportivo de Maputo, estes dois andam há mais de cinco anos na “segundona”, enfrentam hoje um cenário em que o peso da tradição já não basta para garantir títulos. Afastados das decisões, assistem à afirmação de novos emblemas, que vieram redefinir o equilíbrio competitivo do Moçambola.
Apesar de o primeiro campeão nacional ter sido o Textáfrica desde a sua primeira edição, em 1976, o Campeonato Nacional (na altura disputado em regiões) foi marcado pelo domínio de clubes sediados, sobretudo, em Maputo. Investimento e tradição consolidaram a supremacia dessas equipas.
Fonte: Jornaldesafio






