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Monday, December 8, 2025
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Chapo desafia OTM a preparar o trabalhador moçambicano para a economia do futuro 

Resumo

O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, destacou a importância da classe trabalhadora para a independência económica do país durante o VIII Congresso da OTM–Central Sindical, na Matola. Chapo elogiou a estabilidade laboral como vantagem competitiva e elogiou os trabalhadores como construtores de Moçambique. Referindo-se à Matola como berço industrial, enfatizou a importância dos trabalhadores na história do país. O presidente sublinhou a necessidade de consolidar a independência económica no 50º aniversário da Independência Nacional, defendendo a transformação da liberdade em prosperidade e dignidade para todos. Destacou a relevância do congresso sindical para renovar energias, fortalecer a liderança e a missão da classe trabalhadora, recordando o papel histórico da OTM-CS na proteção dos direitos laborais.

O Presidente da República, Daniel  Chapo, defendeu hoje, na Matola, que a classe  trabalhadora é o pilar central para a construção da independência  económica de Moçambique.

Ao intervir na cerimónia de abertura do VIII Congresso da  OTM–Central Sindical, na cidade da Matola, o Chefe do Estado  afirmou que os trabalhadores são “eles que constroem Moçambique”  e que a estabilidade laboral alcançada no país constitui hoje uma das  suas maiores vantagens competitivas.

Dirigindo-se aos delegados, o governante evocou a Matola como  “berço industrial da República de Moçambique, coração operário de  Moçambique”, destacando que ali se ergueu a memória viva das  lutas laborais. Saudou os trabalhadores “do Rovuma ao Maputo, do  Zumbu ao Índico”, afirmando que, apesar de cheias, secas,  pandemias e crises, “o trabalhador moçambicano continua a  avançar” e sustenta diariamente o progresso nacional. 

Daniel Chapo sublinhou que o ano do VIII Congresso coincide  com o cinquentenário da Independência Nacional, um marco que,  segundo afirmou, exige a consolidação dos alicerces da  independência económica. Considerou tratar-se de um “tempo  fundacional” em que o presente dialoga com o futuro e em que o país  deve transformar a liberdade conquistada em prosperidade merecida  e dignidade para todos. 

O estadista moçambicano afirmou que o encontro sindical tem  relevância nacional, por representar “uma encruzilhada histórica do  povo moçambicano e do trabalhador moçambicano”, num momento  crucial para renovar energias, afirmar uma liderança moderna e  fortalecer a missão da classe trabalhadora. Recordou o papel histórico  da OTM-CS, que ao longo de quase cinco décadas “moldou  consciências”, protegeu direitos e manteve acesa “a chama da  justiça do trabalhador”. 

No campo histórico, o Presidente da República recuperou as palavras  do primeiro Presidente de Moçambique independente, Samora  Machel, segundo quem “o caminho a percorrer é longo, sinuoso e  duro. Mas não existe outro”. Reafirmou que três lições emanam dessa  mensagem: a liberdade conquistou-se com sacrifício, a independência económica depende do esforço nacional e os  trabalhadores permanecem no centro da República. 

Além disso, alertou para as transformações globais no mundo laboral,  desde o impacto da automação e da inteligência artificial ao  surgimento de novas profissões e desafios de inclusão. Defendeu a  necessidade de uma OTM-CS “capaz de proteger o trabalhador, sem  travar o progresso”, de negociar com firmeza, dialogar com a  juventude e antecipar a economia do futuro, sob pena de o  sindicalismo ficar distanciado das novas realidades. 

Ao destacar o lema do congresso – “Consolidação da Democracia  Sindical, Justiça Laboral e Bem-Estar Social” –, o Presidente Chapo  afirmou que este traduz um compromisso nacional com sindicatos  fortes, trabalho digno e transformação social. Afirmou que a  democracia sindical é “uma ferramenta estratégica para o nosso  desenvolvimento”, decisiva para enfrentar desafios com unidade e  visão de longo prazo. 

Dirigindo-se ao processo eleitoral interno, advertiu que as escolhas dos  delegados terão impacto directo na paz laboral e na produtividade  nacional. Defendeu que a liderança sindical do século XXI deve  assentar na “inteligência política, económica e social”, na  negociação, na defesa da estabilidade e na visão estratégica  orientada ao bem comum. 

No fecho da sua intervenção, o Presidente da República reiterou o  compromisso do Governo com a dignidade do trabalhador, a justiça  salarial, a formação técnico-profissional e a redução da  informalidade. Acrescentou que “a estabilidade só existe com diálogo  social”, reforçando que sindicatos fortes e respeitados são indispensáveis para o crescimento do país. Apelou à unidade e  responsabilidade histórica, afirmando que “Moçambique precisa de  sindicatos fortes, de trabalhadores protegidos e de líderes íntegros e  éticos”. 

Fonte: O País

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