Por: Gentil Abel
O Presidente da República, Daniel Chapo, cumpre esta semana seis meses e 15 dias de governação, período marcado por promessas de mudança, e esforços de combate à insegurança, mas também por fortes desafios que continuam a condicionar a vida dos moçambicanos.
Desde a posse, Chapo assumiu funções a 15 de Janeiro de 2025, sucedendo Filipe Nyusi. No discurso de investidura, comprometeu-se com uma governação inclusiva, maior proximidade entre Estado e cidadãos e um combate firme à corrupção. Logo após a tomada de posse, anunciou as primeiras nomeações para cargos-chave, destacando-se a escolha de Joaquim Sive como novo Comandante-Geral da PRM, com a missão de restaurar a disciplina e recuperar a confiança da população na polícia. E no campo económico, o Chefe de Estado lançou um pacote de medidas de curto prazo para estabilizar preços e estimular o sector produtivo. Paralelamente, manteve encontros com empresários nacionais e parceiros internacionais, insistindo na necessidade de atrair mais investimento externo para dinamizar a economia.
Entre as iniciativas mais relevantes, um dos marcos da governação foi a apresentação da proposta de revisão da Lei de Minas, que prevê a destinação de 10% das receitas da exploração mineira para províncias, distritos e comunidades locais. A medida é vista como um passo importante para reduzir assimetrias e assegurar que a riqueza mineral beneficie directamente a população.
No domínio da segurança, Chapo reforçou os apelos ao combate ao terrorismo em Cabo Delgado, onde ataques esporádicos continuam a ocorrer, e acompanhou a intensificação de operações conjuntas entre a PRM e as Forças Armadas. Ao completar seis meses de governação, Chapo enfrenta agora a pressão crescente da sociedade civil e da oposição para traduzir as suas promessas em resultados concretos, sobretudo em áreas que afectam directamente o quotidiano da população.
Por fim, com meio ano de governação, Daniel Chapo entra agora no segundo semestre do mandato inicial sob o olhar atento da sociedade, que espera ver mudanças tangíveis no combate à pobreza, na segurança e na construção de um Estado mais próximo dos cidadãos.