“Trata-se de um evento seguro, que não exige o uso de qualquer equipamento especial para a sua observação”, explicou Bercaldito Mapulane, técnico do INAM. “Ao contrário dos eclipses solares, este fenómeno não oferece qualquer risco à visão”, segundo Mapulane.
O eclipse total lunar ocorre quando a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua, projectando a sua sombra sobre o satélite natural. Este será o primeiro eclipse total da Lua visível no país desde 2021, e promete ser uma experiência memorável para entusiastas da astronomia e para o público em geral.
“Estamos perante um fenómeno raro, que acontece quatro anos depois do último registo no nosso território”, sublinhou Mapulane, acrescentando que “é uma excelente oportunidade para a população se conectar com a ciência e com o cosmos”.
De acordo com os dados do INAM, o fenómeno terá uma duração total de 5 horas e 31 minutos. O início está previsto para às 17h36, o momento de maior cobertura da Lua ocorrerá às 20h21 e o eclipse terminará por volta das 23h00.
“Durante este período, a Lua poderá adquirir uma tonalidade avermelhada, um efeito causado pela refracção da luz solar através da atmosfera terrestre, nas três fases que vai observar, nomeadamente: parcial, penumbral e total”, explicou Mapulane, sublingando que “este efeito, muitas vezes chamado de ‘Lua de Sangue’, é um dos aspectos mais impressionantes do eclipse total”.
O INAM recomenda à população que escolha locais com céu limpo e pouca poluição luminosa para observar o eclipse. A visibilidade será melhor em zonas abertas, sem árvores, edifícios altos ou luzes intensas a obstruírem o campo de visão.
“Para uma melhor experiência, é importante evitar áreas urbanas com muita iluminação”, orientou Mapulane. “Locais como zonas rurais ou espaços elevados, com vista ampla do céu, são ideais para apreciar o fenómeno”.
Além disso, o técnico sublinha o potencial educativo e turístico do evento: “Este eclipse representa também uma oportunidade para promover o turismo astronómico em Moçambique. Pode ser uma ocasião de aprendizagem, lazer e até de inspiração”, destacou.
O Instituto Nacional de Meteorologia reforça que continua empenhado na monitoria e divulgação de fenómenos astronómicos, com o objectivo de informar e educar a população sobre os eventos naturais que marcam o calendário científico.
“Queremos que a sociedade compreenda melhor estes fenómenos e participe neles de forma segura e informada. O conhecimento científico deve estar ao alcance de todos”, concluiu Bercaldito Mapulane.
Fonte: O País