Os autores também atacam instalações de saúde e educação assim como negam assistência humanitária a quem precisa. A ONU soa o alarme para o risco que os menores correm em casa ou na rua.
DR Congo, Somália e Nigéria
O Relatório Anual do Secretário-Geral da ONU sobre Crianças e Conflitos Armados destaca que somente em 2023, 11.649 crianças foram mortas ou mutiladas.
A maioria dos óbitos foi causada por explosivos incluindo armas e munições, assim como dispositivos explosivos improvisados e minas terrestres, inclusive em áreas povoadas.
Um outro risco e fonte de violência a crianças são os recrutamentos forçados para serem utilizadas em combates. Nesse mesmo período, houve 8.655 crianças e 4.356 foram sequestradas. A maior parte dos casos ocorreu na República Democrática do Congo, na Somália e na Nigéria.
Quase 30% das vítimas eram meninas. 1.470 crianças foram vítimas de violência sexual.

Mais de 90% de violência sexual é contra meninas
A violência sexual em conflitos é a violação grave menos denunciada, tanto para meninas quanto para meninos, devido ao estigma e à falta de proteção legal.
Mais de 90% da violência sexual foi perpetrada contra meninas, que são desproporcionalmente afetadas pela violência sexual e pelo casamento forçado, embora os incidentes de violência sexual contra meninos também tenham aumentado.
Entre 2022 e 2023, o número de acesso humanitário negado aos menores aumentou mais de 32%. Ao todo foram 5.205 incidentes desta natureza. A situação deve se agravar principalmente no Afeganistão, em Mianmar e no Sudão.
Número de ataques à escola aumentou 60%
Em 2021, o Conselho de Segurança adotou a Resolução 2601 sobre ataques a escolas e hospitais. O relatório revela que foram 1650 casos no período analisado.
Em menos de três anos, desde a aprovação do texto pelo Conselho, as ofensivas a escolas subiram mais de 60%.
Ataques a escolas femininas e o sequestro de meninas na escola ou a caminho do colégio, muitos desses casos ocorridos na Nigéria, frequentemente têm como alvo a educação de meninas devido a normas de gênero prejudiciais.
O Dia Internacional foi aprovado pela Assembleia Geral da ONU em 1982.
Em 1994, a Casa voltou a analisar o tema com base no Relatório Graça Machel e a Resolução 51/77 da Assembleia Geral.
O documento da ativista moçambicana chamou a atenção global para o impacto arrasador dos conflitos armados nas crianças.
Fonte: ONU