Os protestos pós-eleitorais passaram e deixaram marcas de destruição, e o distrito de Chibuto foi o mais penalizado na província de Gaza, com mais de sete instituições do Estado destruídas.
Volvidos cerca de 10 meses, quatro delas continuam em estado crítico, e, por isso, encerradas. A informação foi avançada nesta quinta-feira, pela administradora do distrito, Cacilda Banze.
“Neste momento, estamos em abraços com a SDPI. Tanto a residência quanto a própria sede foram destruídas, queimadas totalmente, com todo o equipamento lá e muitos processos também (…) E temos a sede do posto administrativo também totalmente destruída (…) A casa da comandante também foi totalmente destruída, mas já estamos a recuperar”, revelou.
A administradora de Chibuto admite que o plano de reconstrução continua no papel, por falta de fundos. A governante disse, ainda, a jornalistas que a recuperação das infra-estruturas devastadas entre Outubro e Dezembro do ano passado está orçada em mais de 20 milhões de meticais.
“Reunimo-nos com os parceiros para ver se juntamos o esforço, porque, como sabem, neste momento, estamos com muitas dificuldades em termos de Governo. Estamos a falar de infra-estruturas, porque depois vamos precisar também de equipamento. Precisamos de mais 20 milhões de meticais para recuperar o que foi destruído”, revelou.
Como saídas, o governo distrital assegura estar a bater a portas junto à classe empresarial e que, nos próximos dois meses, Chibuto será palco de vários eventos turístico-culturais, que visam, entre outros, reanimar a economia local.
“Sabemos que Chibuto foi um lugar popular das manifestações. Muitas infra-estruturas foram destruídas. É uma forma de ressuscitar a economia do nosso distrito. Contaremos acima de 30 mil pessoas que hão-de correr para o Bambeni. Temos de ter infra-estrutura para responder, para dar cobertura, e as pessoas vão fazer dinheiro. Aqueles que tiverem alguma coisa para vender, vamos ter lá feiras, vamos ter lá a parte desportiva, a parte cultural”, concluiu a administradora de Chibuto.
Além de instituições do Estado, no auge dos protestos pós-eleitorais, foram destruídos, em Chibuto, seis estabelecimentos comerciais e turísticos, três dos quais continuam de portas fechadas, por conta da insegurança.
Fonte: O País