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Homem morre após esposa arrancar seus órgãos genitais em Dondo

Resumo

No distrito do Dondo, em Sofala, Moçambique, o dia da família foi marcado por violência quando uma mulher foi detida por matar o marido após uma discussão acesa, resultando na mutilação genital da vítima. O crime ocorreu devido a constantes desentendimentos e consumo de álcool no relacionamento do casal. A mulher agrediu gravemente o marido durante o confronto, levando à sua morte. A comunidade denunciou o crime à polícia, que deteve a suspeita. A mulher confessou parcialmente o crime, alegando motivações passionais, mas a polícia salientou que nada justifica tal violência. A vítima recebeu assistência médica, mas acabou por falecer devido à gravidade dos ferimentos. O caso foi classificado como homicídio agravado e seguirá os procedimentos legais.

O dia da família que devia ser de união, harmonia e celebração familiar foi manchado de sangue no distrito do Dondo, província de Sofala. No dia 25 de Dezembro, uma mulher foi detida por supostamente matar o próprio marido, num acto de violência que culminou na mutilação genital da vítima.

Segundo informações da Polícia da República de Moçambique (PRM), o crime ocorreu após uma discussão acesa entre o casal, cujo relacionamento era marcado por constantes desentendimentos e consumo de bebidas alcoólicas. Durante o confronto, a mulher agrediu gravemente o companheiro, provocando ferimentos que se revelaram fatais. 

O porta-voz da PRM em Sofala, Honório Chimbo, explicou que a detenção da indiciada foi possível graças à participação activa da comunidade. “A detenção da indiciada foi possível através de denúncias feitas pelos vizinhos, que, ao tomarem conhecimento da ocorrência, comunicaram o caso à subunidade da PRM no comando distrital do Dondo. A polícia deslocou-se prontamente ao local, neutralizou a suspeita e encaminhou-a para as celas”, afirmou.

O porta-voz acrescentou que a mulher confessou o crime e justificou, parcialmente, a sua acção por motivações passionais. “Ela assume o cometimento do crime e refere que tudo ocorreu após uma discussão intensa com o marido. No entanto, nenhum acto justifica este tipo de violência. Apelamos sempre ao diálogo como forma de resolver conflitos conjugais”, reforçou Chimbo.

Segundo a PRM, a vítima recebeu assistência médica e foi encaminhada para a unidade sanitária mais próxima, mas, devido à gravidade dos ferimentos provocados pela agressão, perdeu a vida. “Trata-se de um caso de homicídio agravado, que seguirá os trâmites legais até às instâncias judiciais competentes”, reforçou o porta-voz.

A indiciada, de 39 anos, relatou às autoridades que mantinha um relacionamento de quase cinco anos com o falecido, com quem tem uma filha. Em depoimento à polícia, a mulher descreveu os acontecimentos que levaram à tragédia.

“Tínhamos muitos problemas. Houve discussão e naquele dia tínhamos bebido. (…) Perdi o controlo. Nunca pensei que isso fosse terminar assim. Estou arrependida”, disse.

Em detalhe, a mulher contou que o conflito iniciou-se quando tentou contactar o marido para resolver uma situação relacionada com o telemóvel do parceiro que a vítima alegava estar na posse da indiciada. Face a este cenário, a implicada narra que o malogrado mostrou-se agressivo e a violência atingiu um nível extremo.

“Ele estava grosso, eu também estava. Liguei para o telefone dele, mas ele não me atendeu. Depois tentei por intermédio de amigos, mas ele continuava agressivo. A situação descontrolou-se, quando estávamos em casa, eram por aí uma hora da madrugada e estava a chover. Ele apertou-me pescoço e não aguentei, acabei mordendo e arranquei os órgãos genitais do meu marido”, relatou a indiciada, descrevendo o momento em que o acto de mutilação ocorreu.

 As autoridades mostram-se preocupadas com o aumento de crimes violentos na região e apelam aos líderes comunitários para reforço da educação cívica, prevenção da violência doméstica e acompanhamento psicológico de casais em conflito.“Apelamos às famílias e à comunidade para privilegiarem o diálogo e a mediação de conflitos. A violência nunca pode ser solução”, reforçou Honório Chimbo.

Nesta altura, a detida encontra-se nas celas do comando distrital do Dondo e responderá criminalmente pelo crime de homicídio agravado.

Fonte: O País

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