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Lendas do basquetebol moçambicano elogiam prestação das Guerreiras do Índico

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As lendas do basquetebol moçambicano, Amade Mogne, Ernesto Júnior, Ilídio Caifaz e Mário Gomes fazem uma avaliação positiva da prestação da selecção nacional sénior feminina no Afrobasket e acreditam na qualificação de Moçambique para as meias-finais da competição.

 

Por Alfredo Júnior, em Abidjan

 

A Federação Internacional de Basquetebol ao nível africano, FIBA-Africa, convidou antigas estrelas do basquetebol moçambicano, nomeadamente Amade Mogne, Ernesto “Madoda” Júnior e Ilidio Caifaz que se sentem lisonjeados pelo convite para acompanhar o AfroBasket 2025.

 

“Tenho que endereçar a todos os agradecimentos à FIBA por este convite e pronto, estamos aqui para acompanhar e ver a prestação de Moçambique no seu auge”, disse Amade Mogne.

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“Para mim é uma honra, efetivamente eu não estava à espera, felizmente criamos uma relação com o secretário-geral ao longo de vários anos de competição, na década 80 e 90, e encontramos o Ebaputo, prometeu que ia formular um convite e acabou cumprindo e para mim é uma honra estar aqui”, afirmou Ernesto “Madoda” Júnior.

 

“Tenho uma honra estar aqui na condição de convidado da FIBA África, certamente por causa do meu histórico como antigo presidente da Federação do Basket e se calhar por continuar de certa forma ligado à modalidade. Estou muito contente com o fato de ter sido convidado”, completou Ilídio Caifaz.

 

Amade e Madoda fazem uma avaliação positiva da prestação das Guerreiras do Índico na fase de grupos que culminou com uma vitória e uma derrota.

 

“O jogo de ontem, como primeiro jogo, foi um jogo menos conseguido, apesar de termos vencido, mas hoje já foi melhor e notou-se a desenvoltura das atletas por ter tido o jogo de ontem. Agora, houve o aspecto do cansaço também, que é natural, mas espero que com a folga da manhã o próximo jogo seja melhor”, comentou Mogne para logo a seguir Madoda considerar que “penso que a equipa tem estado a portar-se bem. O jogo de hoje foi muito bem disputado, me parece que perdemos o jogo no detalhe, há momentos críticos de jogo que poderíamos ter mantido a diferença e eventualmente voltar a dar a volta por cima, mas infelizmente uma das jogadoras mais influentes, na minha opinião, que é a Leia Dongue. Mas, não obstante, penso que as meninas se portaram muito bem, mas acredito que podem fazer muito mais”.

 

EXCELENTE TRABALHO DEFENSIVO

 

Ilídio Caifaz faz uma avaliação positiva e elogia a prestação de Moçambique ao nível táctico e defensivo apresentado pela equipa de Nasir Salé.

 

“Primeiro que tudo, uma vênia muito grande para o Nasir Salé pela qualidade tática, principalmente a nível defensivo. Nos dois jogos, a nível defensivo, nós fomos exímios. Temos estado aqui a dar alguma aula de como se defende com uma equipa mais ou menos pequena, não tão pequena assim, mas em relação ao tamanho das outras adversárias, não foi o caso de Ruanda, mas no caso da Nigéria, a diferença física é tremenda e mesmo assim nós estivemos ali a bater-nos de igual para igual, principalmente do ponto de vista defensivo, nós estivemos a suplantar a Nigéria na primeira parte, nos primeiros três períodos, digamos. O que se passa é que depois faltaram argumentos ofensivos, principalmente para o tiro exterior”, analisou Ilídio Caifaz.

 

As três figuras reencontraram-se com Mário “Pata Longa” Gomes, antigo internacional moçambicano e jogador do Desportivo Maputo que também avalia positivamente o desempenho da equipa de todos nós.

 

“Eu acho que as meninas estão de parabéns. O coach Nasir também está. O primeiro jogo sempre é muito difícil, é um jogo de algum nervosismo, mas penso que elas fizeram um excelente jogo, ganharam o jogo. Dedicaram-se ao máximo, houve um compromisso muito sério. Hoje, o jogo também foi muito bom, tivemos a ganhar a maior parte dos 40 minutos. Penso que a Nigéria tem outra rodagem, com jogadores que jogam nos EUA, etc. Houve ali algumas percas de bola e isso penso que acabou por influenciar o resultado”, avaliou Mário Gomes.

 

GUINÉ NÃO SERÁ ADVERSÁRIO DIFÍCIL

 

Os nossos interlocutores acreditam que a equipa de todos nós vai conseguir vencer a Guiné no acesso aos quartos-de-final do AfroBasket.

 

“Eu não conheço a Guiné, ainda não vi, não tive a oportunidade de assistir o jogo da Guiné, mas eu penso que é do nível médio. Nós vamos para ganhar e esperar os quartos final” disse Amade Mogne.

 

“Moçambique, aparentemente, tem vantagem, apesar da Guiné ser uma equipa bastante forte fisicamente, mas me parece que não tem argumentos técnicos que o Moçambique tem. Se o Moçambique fizer o seu trabalho bem feito, penso que vai passar para outra fase”, compartilhou Madoda.

 

“Nós temos a obrigação de ganhar. Com a Guiné temos a obrigação de ganhar. Não pode acontecer nenhuma hecatombe nesse jogo”, destacou Ilídio Caifaz.

 

“Perdemos este jogo, mas temos mais jogos pela frente. Moçambique precisa estar mais concentrado. Penso que o medo inicial do primeiro jogo e o segundo, enfrentando a Nigéria, temos que deixar de lado”, Mário Gomes.

 

O também analista e comentador de basquetebol moçambicano Ilídio Caifaz aponta a presença das Guerreiras do Índico na disputa dos lugares do pódio.

 

“Certamente que a Nigéria não vai querer cruzar-se com Moçambique na final. Se Moçambique tiver a sorte de chegar à final, e a Nigéria também, a Nigéria não vai ficar muito bem e Moçambique também vai estar muito aflito com isso. Mas nós somos uma das equipas, aqui neste Africano, que tem qualquer coisa extraordinária que consegue suplantar as melhores equipas, sendo simplesmente a Nigéria uma das maiores. Portanto, eu estou muito orgulhoso dessas meninas, pelo feito de conseguir colocar a Nigéria em sentido, colocar a Nigéria a pensar que não há de ser fácil e nunca mais vão querer jogar com Moçambique. Por isso, eu estou muito orgulhoso da prestação extraordinária destas meninas, que merecem o nosso carinho e o nosso apoio”, congratulou Caifaz.

 

Referir que o próximo jogo de Moçambique diante da Guiné está agendado para quarta-feira, 30 de Julho, pelas 14 Horas de Maputo. De Abidjan para Alfredo Júnior para o LanceMZ com o patrocínio da JOGABETS a maior casa de apostas genuinamente moçambicana, com o apoio da MAFALALA Cervejas e Restaurante BUSO. (LANCEMZ)

Fonte: Lance

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