Após a tomada de posse dos novos administradores, a ADM define a eliminação das dívidas e a revitalização comercial como prioridades do novo ciclo de gestão.
A Aeroportos de Moçambique (ADM) iniciou um novo ciclo de governação com a tomada de posse dos seus novos administradores, numa cerimónia dirigida pela Presidente do Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), Ana Coanai, que destacou o papel estratégico da empresa pública na competitividade económica do país.
Reconduzido como administrador responsável pela área de Finanças, Saíde Júnior afirmou que o foco da nova equipa será retirar à empresa o ónus da dívida, reforçando a estabilidade financeira e operacional.
“Durante o nosso mandato, vamos trabalhar para tirar da empresa o ónus da dívida. Neste momento, a empresa de aeroportos funciona bem, mas pode melhorar”, afirmou, sublinhando a necessidade de aumentar a eficiência operacional e modernizar as infra-estruturas existentes.
Os números confirmam a urgência do desafio: em 2024, os prejuízos da ADM quase duplicaram para 1,531 mil milhões de meticais (20,8 milhões de euros), face aos 849,5 milhões de meticais (11,5 milhões de euros) registados no ano anterior.
Segundo dados da empresa, o principal factor de pressão nas contas é a dívida acumulada da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique, que ascendia a 2,994 mil milhões de meticais até 31 de Dezembro de 2024.
Paralelamente, a nova administradora da área de Comercial e Marketing, Clotilde Mulhovo, sublinhou que uma das prioridades será diversificar os clientes e atrair novas companhias aéreas, de forma a reduzir a dependência histórica da LAM.
“A nossa missão é revitalizar os aeroportos e garantir maior proximidade com os passageiros e parceiros comerciais”, afirmou.
A reestruturação administrativa da ADM prevê uma nova configuração assente em cinco áreas funcionais – Finanças, Comercial e Marketing, Infra-estruturas, Navegação Aérea e Administração Geral – com o objectivo de melhorar a eficiência, a transparência e a capacidade de resposta às exigências do sector.
Com o novo elenco e um plano de reestruturação em marcha, a Aeroportos de Moçambique pretende reposicionar-se como operador público competitivo e sustentável, equilibrando a recuperação financeira com a modernização das suas infra-estruturas e serviços.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>O sucesso desta nova etapa dependerá da capacidade de redução do passivo financeiro, da atração de novas rotas e operadores, e da redefinição estratégica do papel da empresa num sector crucial para o turismo e para a integração económica regional.
Fonte: O Económico
