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OPEP+ Prepara Novo Aumento da Produção de Petróleo em Novembro

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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) prepara-se para aprovar, no próximo domingo, um novo aumento na produção de petróleo, estimado em pelo menos 137 mil barris por dia (bpd), em resposta à escalada dos preços e à necessidade de recuperar quota de mercado.

Segundo a Reuters, três fontes próximas das negociações confirmaram que o cartel deverá repetir em Novembro a mesma magnitude de incremento aprovada para Outubro. A decisão será oficializada numa reunião online, marcada para 5 de Outubro, envolvendo oito países membros, entre eles a Rússia e a Arábia Saudita.

Desde Abril, a OPEP+ já reverteu parte significativa dos cortes em vigor e adicionou mais de 2,5 milhões de bpd ao mercado global. Este volume representa cerca de 2,4% da procura mundial e reflete tanto as pressões externas – nomeadamente dos Estados Unidos, que têm instado à redução dos preços – como o esforço do grupo em reconquistar espaço perdido no mercado.

Na última sexta-feira, 26 de Setembro, os preços do barril ultrapassaram a fasquia dos 70 dólares, atingindo o nível mais alto desde Agosto. A valorização foi impulsionada por ataques com drones ucranianos a refinarias e infra-estruturas energéticas na Rússia, que interromperam exportações do segundo maior produtor mundial de crude.

Apesar da tendência de flexibilização, os aumentos ainda ficam aquém das metas inicialmente traçadas, já que muitos países operam no limite da sua capacidade de produção. Analistas sublinham que esta limitação poderá condicionar o ritmo da recuperação da oferta.

A estratégia da OPEP+ prevê que, até final de Setembro, sejam eliminados 2,2 milhões de bpd em cortes voluntários. Em Outubro, foi iniciada a reversão de outra camada de cortes, de 1,65 milhões de bpd, da qual faz parte o incremento de 137 mil bpd. Para Novembro, o grupo discute replicar este movimento.

Uma terceira camada de reduções, de 2 milhões de bpd, deverá prolongar-se até 2026, mantendo algum controlo sobre a oferta para sustentar os preços em patamares considerados estratégicos pelo cartel.

Fonte: O Económico

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