Por: Alfredo Júnior
A Polícia da República de Moçambique (PRM) desmantelou um esquema de venda ilegal de armamento militar na província de Tete, numa operação que resultou na apreensão de metralhadoras, munições e uniformes utilizados pelas forças de defesa e segurança.
De acordo com as autoridades, os suspeitos operavam há meses, com ligações ainda por apurar a canais de fornecimento internos. A PRM não revelou o número exacto de detidos, mas confirmou que o caso está em investigação e que há indícios de envolvimento de pessoas com acesso privilegiado a materiais militares.
Entre os itens apreendidos estão armas de guerra, do tipo AKM, dezenas de munições e fardamento completo, o que levanta dúvidas sobre a segurança dos depósitos militares e o controlo do material sensível. Embora o porta-voz da PRM em Tete tenha considerado a operação um sucesso, o caso expõe falhas internas sérias que permitiram que este tipo de armamento saísse das mãos do Estado.
Este incidente surge num momento em que Moçambique ainda enfrenta desafios ligados à segurança interna e à circulação de armas em zonas vulneráveis. Analistas consideram que o caso deve servir de alerta para a necessidade urgente de revisão nos sistemas de vigilância e responsabilização dentro das forças de defesa.
As autoridades prometeram continuar com as investigações e responsabilizar todos os envolvidos.