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Tecnologia, Inclusão e Sustentabilidade Guiam a Nova Fase do FNB em Moçambique

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Dennis Mbingo aposta numa revolução digital e na aproximação ao sector informal como pilares de uma banca moderna, inclusiva e preparada para o futuro.

A revolução digital não é um adereço no discurso do novo CEO do FNB Moçambique — é o centro da estratégia. Para Dennis Mbingo, a inclusão financeira, a personalização dos serviços e a aproximação ao sector informal são os caminhos que tornarão o banco mais relevante e próximo dos moçambicanos. E o caminho está traçado: tecnologia acessível, alianças com fintechs, produtos sustentáveis e uma nova atitude centrada no cliente.

A transformação digital será central. É a forma de chegar a mais pessoas, a um custo acessível”, afirma Dennis Mbingo com convicção. Para o CEO do FNB Moçambique, o futuro da banca em África passa pela capacidade de adaptar-se ao contexto, resolver problemas reais e responder de forma inovadora às exigências de uma população jovem, dinâmica e, em grande parte, ainda excluída do sistema formal.

O banco pretende usar a tecnologia não apenas como canal de distribuição, mas como ferramenta para democratizar o acesso a serviços financeiros em todo o território moçambicano, onde mais de 60% da população vive fora das zonas urbanas. “O pensamento tradicional é que se deve ter uma agência em todo o lado, mas isso não é sustentável. Queremos usar a tecnologia para distribuir os nossos serviços por todo o país e criar oportunidades de acesso.

Um dos pontos centrais da visão de Mbingo é o reconhecimento da estrutura da economia nacional. “A maioria da força de trabalho está no sector informal. Muitas dessas pessoas são mulheres e jovens. Temos de construir soluções que falem com estas pessoas.” O desafio, segundo o CEO, é desenhar produtos financeiros que não se limitem ao emprego formal ou à actividade empresarial estruturada. O foco está em construir plataformas que respondam às realidades de quem trabalha por conta própria, de forma autónoma e com poucos recursos.

Este reposicionamento exige inovação, e para isso o FNB pretende aproximar-se das fintechs moçambicanas. “Há talento em Moçambique que pode fazer melhor e mais barato. Já pedi à minha equipa para procurar fintechs locais com ideias que possamos integrar no nosso percurso.” A lógica é pragmática: soluções desenvolvidas por actores locais têm maior sensibilidade para as necessidades do mercado, adaptam-se mais facilmente e custam menos a longo prazo.

Mas a aposta digital não ignora a questão crítica da segurança cibernética. Mbingo sublinha que “a construção de capacidades tecnológicas deve ser acompanhada por investimentos em segurança digital. Testamos os nossos sistemas diariamente e estamos conscientes dos riscos.” Para o CEO, a confiança do cliente é o maior activo de um banco digital moderno, e essa confiança assenta na fiabilidade, simplicidade e protecção.

Para além da digitalização, o FNB Moçambique está a explorar caminhos na sustentabilidade e finanças verdes, com enfoque inicial no sector agrícola. “Temos conhecimento e experiência na construção de soluções para a agro-economia sustentável noutros países. Moçambique tem grande potencial agrícola e vamos apoiar esse segmento.” O banco estuda ainda possibilidades de alinhar-se com políticas públicas e programas governamentais para apoiar a transição energética e a economia verde.

Essa abordagem faz parte de um modelo de banca que Dennis Mbingo define como “baseado na partilha da prosperidade. Não se trata apenas de lucros, mas de gerar valor para os nossos colaboradores, clientes e comunidade.” A ideia é que a presença do FNB em Moçambique não se esgote em resultados financeiros, mas que se traduza em impacto positivo, inovação inclusiva e compromisso com o desenvolvimento sustentável.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>O FNB Moçambique avança para uma nova fase em que a transformação digital, a inclusão e a sustentabilidade não são apenas conceitos de futuro, mas prioridades actuais. Com um discurso pragmático e uma estratégia clara, Dennis Mbingo coloca o banco num caminho de proximidade com o mercado, atenção às necessidades reais da população e abertura à inovação local. A nova fase do FNB está em construção — e é digital, inclusiva e moçambicana.

Fonte: O Económico

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