Vítor Bruno: o que aprendeu na Choupana e as críticas dos adeptos

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Depois da derrota na Choupana, que impossibilitou o assalto ao primeiro lugar, o FC Porto volta a entrar em campo este domingo, desta feita em Barcelos, frente ao Gil Vicente. Embora focasse a antevisão na análise aos gilistas, o treinador dos dragões, Vítor Bruno, revelou que a equipa tirou ilações sobre o desempenho na Madeira.

«A grande questão é conseguirmos produzir aprendizagem com aquilo que aconteceu. A ideia que fica – e não querendo especular, porque é sempre um exercício porque não sabemos o que aconteceria noutras circunstâncias do jogo – é que me deu a entender que o golo sofrido muito cedo, em vez de gerar algum estado de revolta na equipa, acabou por fazê-la entrar em ansiedade, com dificuldade em descodificar de que forma poderia ferir o adversário. Na segunda parte, indo atrás de um resultado desfavorável, criámos quatro ou cinco oportunidades para fazer golo», começou por dizer o treinador dos azuis e brancos.

«O desafio agora é esse, é fazer isso de forma pró-ativa, com intencionalidade com bola e não deixar para uma fase mais adiantada do jogo, sob pena de o contexto já não nos ser favorável. Foi a grande aprendizagem que tirámos do jogo da Choupana, que criou mossa, que nos feriu e temos de sentir essa revolta de uma equipa que tinha de chegar lá, impor-se e ganhar. Se calhar, cometemos o erro de olhar muito para o destino final, de poder chegar a uma classificação que já não conseguimos há muito tempo e esquecemo-nos que tínhamos de percorrer um caminho para lá chegar. Olhamos muito para o produto final e menos para o processo para chegar lá. Fica a aprendizagem e que não voltemos a cometer o mesmo erro», completou.

Vítor Bruno entendeu ainda como «natural» a contestação dos adeptos à equipa e ao treinador, sobretudo após o apito final na Choupana e no aeroporto.

«Na Choupana, em condições adversas, os adeptos nunca deixaram de apoiar a equipa durante o jogo e isso é aquilo que importa. Temos de ressalvar isso. Eles sofrem e nós sofremos muito também. Eles sentem o dia a dia do clube de forma ímpar, querem muito ganhar e, percebendo que a equipa está em dificuldade em determinado momento, não se inibem de prestar o apoio à equipa. Foi o que fizeram durante 90 e tal minutos na Choupana. Depois a forma como se manifestam no final é natural, é uma equipa feita com a exigência de ganhar, os adeptos são exigentes porque se habituaram a ganhar desde cedo, têm as manifestações que têm de ter. Era mau sinal se isso não acontecesse e pensassem que está tudo bem, que não havia problema entre ganhar e perder. Queremos ter adeptos exigentes e que nos façam sentir essa exigência», sublinhou.

O FC Porto defronta o Gil Vicente a partir das 20h30 deste domingo, em jogo da 18.ª jornada da Liga, que poderá seguir AO MINUTO no Maisfutebol.

Fonte: Mais Futebol

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