“Acho que se recordam quando fomos abandonados pelo mundo financeiro por muitas razões, mas a vossa ação, a ação da diplomacia que representam, foi fantástica para nós devolvermos a confiança junto desses parceiros”, declarou o antigo chefe do Estado de Moçambique, ao receber em audiência a Associação dos Diplomatas de Moçambique (Adimo), que celebra este ano 50 anos da diplomacia moçambicana, após a independência, em 25 de junho de 1975.
Os parceiros internacionais suspenderam a ajuda na sequência do escândalo das dívidas ocultas, que envolveu vários governantes do executivo liderado por Armando Guebuza.
As instituições referenciadas retomaram as ajudas em 2022, no segundo mandato de Filipe Nyusi enquanto Presidente de Moçambique.
Em declarações aos jornalistas no final do encontro com a Adimo, Filipe Nyusi realçou que a diplomacia moçambicana conseguiu “manter” a confiança e criou “crédito” junto das instituições financeiras.
“Fizemos muito esforço e devolvemos o Banco Mundial, o FMI e alguns parceiros da comunidade internacional. Mesmo a questão de conseguirmos a primeira plataforma de gás, esse que já está a dar qualquer coisa (…) pela diplomacia conseguimos convencer, porque para aquela plataforma vir aqui (…) era preciso ir ao Japão, Coreia, Holanda, discutir [com] os compradores do gás, nada podia arrancar sem negócio e essa diplomacia foi conduzida pela casa da diplomacia”, acrescentou, citado pela Lusa.
O ex-Presidente lembrou aos diplomatas que o país é rico em diversos recursos e pediu empenho de todos para promover as suas potencialidades.
Fonte: O País