De acordo com a informação disponibilizada recentemente pelos CFM, em causa estão dois memorandos de entendimento operacional assinados em 14 de Março, com a National Railways of Zimbabwe (NRZ), por ambas as administrações.
“Permitindo que o CFM opere nas linhas ferroviárias do Zimbabwe, este marco fortalece a cooperação entre os dois países e impulsiona a eficiência no transporte de carga”, refere a empresa, explicando que o entendimento envolve o corredor sul, entre Chicualacuala e Rutenga, numa extensão de 148 quilómetros, e o corredor centro, entre Machipanda e Nyazura, totalizando 84 quilómetros.
Acrescenta que, segundo os termos deste acordo, ficará “responsável pela disponibilidade de locomotivas em boas condições, fornecimento de combustível e tripulação para operar no território” do país vizinho, enquanto a NRZ garantirá volumes de tráfego suficientes e manutenção das vias, assegurando operações seguras e contínuas.
“Com essa parceria, espera-se mais dinamismo e eficiência no fluxo de carga, garantindo um serviço confiável e económico aos clientes ferroviários”, afirma os Caminhos de Ferro de Moçambique.
O transporte visa, nomeadamente, escoar mercadorias do Zimbabwe através dos portos, recorrendo também à linha férrea nacional.
Uma dessas vias em território moçambicano é a linha ferroviária de Machipanda, entre a cidade da Beira e a fronteira com o Zimbabwe, cuja reabilitação já permitiu aumentar a capacidade de transporte para três milhões de toneladas anuais.
De acordo com a informação do CFM, a capacidade daquela linha, de 317 quilómetros, era outrora de 0,4 milhão de toneladas anuais e a reabilitação custou 150 milhões de dólares na primeira fase, concluída em 23 de Novembro de 2023.
Fonte: Jornal Noticias