ONU lança campanha para fortalecer Convenção sobre Proibição de Minas Antipessoais

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Veronika, 4 anos, está perto de uma placa que diz “Perigo de Minas”. Chistovodivka, região de Kharkiv, Ucrânia (arquivo, maio de 2025)

O secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou que lançará uma campanha global para apoiar o desarmamento e a ação de combate às minas antipessoais.

Em declaração, divulgada na segunda-feira, ele informou que é obrigação de todos os Estados-membros da ONU proteger a vida humana e a dignidade especialmente num momento de altos riscos e conflitos.

Inúmeras vidas foram salvas

Guterres afirmou que está “gravemente preocupado” com relatos de que alguns países deixarão a Convenção sobre Proibição de Minas Antipessoais. Para o secretário-geral, este é um passo que enfraquece o quadro normativo de mais de duas décadas.

Ele lembra que o Tratado, também conhecido como Convenção de Ottawa, já ajudou a salvar inúmeras vidas.

Ação contra minas na República Democrática do Congo
© Unmas DR Congo

Ação contra minas na República Democrática do Congo

O líder das Nações Unidas pediu aos 32 países que ainda têm que aderir à Convenção que o façam sem demoras. Esses Estados-membros incluem China, Irã, Israel, Rússia e Estados Unidos.

Campanha deve durar seis meses

A campanha para aumentar o apoio para o tratado deve durar seis meses.

O documento, de 1997, proíbe o uso, o armazenamento, produção e transferências desses armamentos.

Desde então, mais de 40 milhões de minas foram destruídas, segundo o Escritório da ONU sobre Assuntos de Desarmamento.

Até o momento, 133 países firmaram o tratado.
As cinco nações europeias que informaram a intenção de deixar o acordo são: Estônia, Finlândia, Letônia, Lituânia e Polônia.

Analistas dizem que a decisão é por razões de segurança relacionadas à Rússia.

Fonte: ONU