Resumo
Moçambique participa no encontro de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque para reafirmar os 191 compromissos de Beijing+30, 30 anos após a Declaração de Beijing. O Presidente da República é o sétimo orador no evento que visa transformar em ação as promessas feitas às mulheres e raparigas. 106 governos, incluindo Moçambique, apresentaram compromissos para acelerar o progresso das mulheres até 2030, com foco na violência de género e em acordos internacionais. Moçambique prioriza "zero violência" e "liberdade da pobreza", comprometendo-se a eliminar a violência contra mulheres e garantir condições dignas de vida. A ONU Mulheres apela aos governos para transformarem compromissos em ações concretas, destacando o papel das mulheres no desenvolvimento sustentável e nos direitos humanos.
Moçambique, representado pelo Chefe do Estado, Daniel Chapo, toma parte hoje, no encontro de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas que vai reafirmar os 191 compromissos no âmbito da passagem dos 30 anos da Declaração de Beijing (Beijing+30).
O encontro, no qual o Presidente da República será o sétimo orador, após o Chefe de Estado da Eslovénia, assinala o 30.º Aniversário da Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres que teve lugar em Beijing.
Convocado pelo Presidente da Assembleia Geral, o encontro reúne líderes mundiais, oferecendo uma oportunidade única de transformar em açcão as promessas feitas às mulheres e raparigas, 30 anos após a adopção da Declaração e Plataforma de Acção de Beijing, considerado o mais visionário acordo global sobre igualdade de género.
Neste contexto, 106 governos de todas as regiões, incluindo Moçambique, apresentaram 191 compromissos para acelerar o progresso de todas as mulheres e raparigas até 2030. Lançado pela ONU Mulheres, o Painel de Acções Prioritárias Beijing+30 torna visíveis estes compromissos voluntários e demonstra que a igualdade de género continua a ser uma força mobilizadora do multilateralismo.
“Este acto de assumir compromissos pelos direitos das mulheres e raparigas e confirma uma poderosa verdade: a igualdade de género continua a ser uma força unificadora para o mundo. E o multilateralismo mantém-se comprometido em construir um mundo igual para todas as mulheres e raparigas”, afirmou por esta ocasião Sima Bahous, Directora Executiva da ONU Mulheres.
Um em cada três compromissos apresentados foca-se no combate à violência contra mulheres e raparigas, e 46 governos fundamentaram explicitamente as suas acções em acordos internacionais, como a CEDAW e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
Outros compromissos incluem a transformação de normas sociais discriminatórias, através da educação, mobilização comunitária, políticas de segurança digital e reformas nos sistemas de cuidados, aumento do financiamento para a igualdade de género, incluindo apoio directo a organizações de mulheres, mais dados e responsabilização de género, colaboração com organizações feministas e de defesa dos direitos das mulheres, sobretudo em áreas como o fim da violência, a paz e segurança, a acção climática e a justiça económica.
Moçambique, no âmbito do processo Beijing+30, definiu como áreas prioritárias “zero violência” e “liberdade da pobreza”, reforçando o compromisso nacional em eliminar a violência contra mulheres e raparigas e em garantir condições de vida dignas para todas.
Quase todos os compromissos colocam as raparigas adolescentes e as jovens mulheres na linha da frente, reconhecendo o seu papel de liderança no presente e no futuro.
A ONU Mulheres apela aos governos para que transformem compromissos em acções concretas, mostrando que os direitos de metade da população mundial são uma força unificadora e a base do desenvolvimento sustentável, da paz, da justiça e dos direitos humanos para todos.
Foto: UN/Evan Schneider
Fonte: Jornal Noticias
