Resumo
Cerca de 7 mil professores em Moçambique ainda não receberam o pagamento pelas horas extraordinárias trabalhadas até julho deste ano, levando a ameaças de paralisação das aulas. O governador da Zambézia, Pio Matos, está a inaugurar salas de aula, mas não tem informações sobre os pagamentos em atraso, que são geridos a nível central. Um grupo de professores em Milange afirma que irá parar as aulas devido à falta de pagamento dos salários. Além disso, Pio Matos critica o modelo de ensino bilíngue, que envolve o ensino de disciplinas em duas línguas, a materna e o português.
Até julho deste ano mais de 7 mil professores aguardavam pelo pagamento de horas extras. Neste momento, não se sabe o número exacto que já recebeu os seus valores. Contudo, um grupo de professores no distrito de Milange diz que por falta de pagamento dos seus ordenados vai paralisar as aulas.
O governador da Zambézia, Pio Matos, está a fazer leque de inaugurações de salas de aula em Alto-Molocué, Milange e Quelimane. Sobre o pagamento de horas extras, indicou que tudo é feito ao nível central, por isso, a província não tem informações.
Pio Matos tem vindo a criticar o modelo de ensino bilíngue, um modelo educativo em que os alunos aprendem conteúdos (como Matemática, Ciências, etc usando duas línguas: a língua materna e a oficial português.
Fonte: O País
