Tuesday, December 30, 2025
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Rápida revolução digital em África é crucial para impulsionar emprego e crescimento

Resumo

Com cerca de 60% da população africana com menos de 25 anos, o continente tem potencial digital significativo. Até 2030, prevê-se a criação de 230 milhões de empregos digitais na África Subsariana. Apesar do aumento da cobertura da internet para 40% em 2024, mais de 900 milhões de pessoas continuam offline, com 76% enfrentando disparidades de acesso. A digitalização democratiza o acesso à educação, saúde e serviços financeiros, reduzindo desigualdades e criando empregos. Exemplos de sucesso na África Ocidental e Central, como no Benim, mostram os benefícios da transformação digital, com serviços públicos online e formação em competências digitais. A digitalização abre portas para educação, empreendedorismo e cidadania, destacando a importância de políticas e investimentos para acelerar a inclusão digital.

Com cerca de 60% da população com menos de 25 anos, o continente africano está repleto de energia, criatividade e potencial. No entanto, num cenário global cada vez mais moldado pelas tecnologias digitais e inteligência artificial, milhões de jovens africanos continuam desconectados devido à falta de oportunidades. 

Até 2030, estima-se que a África Subsariana gere 230 milhões de empregos digitais, impulsionados pela rápida expansão dos serviços. O potencial é enorme, mas exige investimento e políticas que acelerem a inclusão da transformação digital e criem oportunidades. 

Colmatar o fosso digital 

Em 2024, a cobertura da internet em África atingiu 40%, um aumento face aos 3,2% registrados em 2005. Atualmente, mais de 600 milhões de pessoas utilizam internet móvel de banda larga no continente. Ainda assim, mais de 900 milhões de pessoas continuam fora da internet. 

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Além disso, 76% enfrentam uma “disparidade de utilização”, visto que vivem com cobertura de rede, mas não têm meios ou habilidades para obter os serviços digitais. Nas zonas rurais, o acesso é de apenas 28%. 

A digitalização está a democratizar o acesso à educação, à saúde, aos serviços financeiros e aos mercados. Também permite reduzir desigualdades, capacitar as comunidades e criar empregos. 

Transformar sucessos locais 

Na África Ocidental e Central, há exemplos de sucesso reais que mostram o impacto da transformação digital. No Benim, mais de 250 serviços públicos estão acessíveis online e a cobertura móvel atinge 92% do território.  

Programas de formação comunitária ajudaram milhares de pessoas a aprender competências digitais. Estudantes conseguem agora aceder a plataformas de aprendizagem e mentoria online, abrindo novas oportunidades de educação, empreendedorismo e cidadania. 

Mercado digital 

Na Cimeira Regional sobre Transformação Digital na África Ocidental e Central, realizada em novembro, os temas da disparidade de utilização, das oportunidades ligadas à IA e do mercado digital único estiveram no centro das discussões. 

O mercado africano de IA, estimado em US$ 2 bilhões até 2025, é impulsionado por startups e pela adoção de aplicações de otimização e serviços voltados para o consumidor.  

A Estratégia de Transformação Digital da União Africana (2020-2030) traça um caminho para um mercado digital harmonizado, libertando o potencial do comércio eletrónico, dos pagamentos transfronteiriços e das trocas digitais.  

Ecossistema para empresas

A cimeira de Cotonou surgiu como uma oportunidade para renovar o compromisso com o progresso digital inclusivo, acabar com a exclusão digital e criar empregos digitais na África Ocidental e Central. 

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UNDP Mauritania

Os governos e os seus parceiros, o setor privado e a sociedade civil estão a estabelecer novas parcerias e a mobilizar investimentos, nomeadamente através de pactos digitais, garantindo que todos tenham voz. 

Os promotores defendem que a transformação digital é essencial para o futuro do continente, cada vez mais moldado pela IA. O desafio é garantir que o futuro digital seja inclusivo e benéfico para todos. 

Fonte: ONU

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