A Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) anunciou a alocação de seis milhões de dólares para financiar projectos de desenvolvimento social e económico nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula. O montante será canalizado para organizações e instituições que promovem iniciativas de emprego, infra-estruturas sociais e meios de subsistência para as comunidades afectadas pelo extremismo violento e pela pobreza.
O Presidente da Comissão Executiva da ADIN, Jacinto Loureiro, explicou que a iniciativa faz parte de um pacote mais amplo de apoio às regiões do Norte, onde os impactos dos conflitos armados, da instabilidade climática e do desemprego juvenil são mais expressivos.
Os fundos serão distribuídos entre ActionAid Moçambique, Associação de Apoio e Assistência Jurídica às Comunidades, Fundação Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil, Associação Kuendeleya, Fundação Nunisa e Conselho Cristão de Moçambique. Estes organismos lideram iniciativas voltadas para a recuperação económica, inclusão social e reintegração de populações deslocadas.
O projecto, iniciado em 2023, teve uma primeira fase onde foram desembolsados 12 milhões de dólares, financiando mais de 67 infra-estruturas, incluindo escolas, unidades sanitárias, estradas, poços de água e pontes destruídas pelo terrorismo.
A ADIN tem priorizado a criação de oportunidades para a juventude, apostando em formação profissional e integração em actividades produtivas. O objectivo é reduzir a vulnerabilidade dos jovens ao recrutamento por grupos armados e fomentar o empreendedorismo nas comunidades locais.
As organizações envolvidas neste processo estão a fazer um trabalho consistente nas zonas mais afectadas, permitindo que os jovens tenham alternativas ao crime e ao desemprego, afirmou Loureiro.
A ADIN sublinha que esta não será uma intervenção isolada, mas parte de um esforço sustentado de desenvolvimento regional. O objectivo é garantir que as comunidades tenham acesso a meios de subsistência duradouros, permitindo um crescimento económico mais equilibrado e resistente a choques externos.
Com os novos financiamentos, espera-se que até ao final de 2025 sejam implementados mais projectos em sectores-chave, garantindo que os avanços alcançados até agora tenham continuidade e impacto a longo prazo.
Fonte: O Económico